"Vinho e comida  foram feitos um para o outro", define o cardiologista Jairo Monson de  Souza Filho. O médico, que há 20 anos estuda os efeitos da bebida na  saúde humana, garante que este é o líquido mais favorável à digestão.  "Isso, claro, se não houver qualquer contra indicação ao seu consumo",  ressalta. O especialista afirma que para melhor usufruir de seus  benefícios, ele deve ser tomado moderadamente durante as refeições.
"Quando se ingere a bebida junto aos alimentos, diminui-se muito o  volume de radicais livres na circulação sanguínea durante a digestão. E é  justamente neste período que a quantidade de gorduras circulantes é  maior. Com isso, há menos chance delas serem oxidadas pelos radicais livres, que acarretaria na formação e deposição de placas de gorduras nas paredes dos vasos sanguíneos", explica Filho. 
 
             Sobre a dose diária de vinho  recomendada, o cardiologista destaca que a grande preocupação é por  conta do volume de álcool. "Uma quantidade acima do que o organismo  consegue metabolizar pode causar dano orgânico", diz. No entanto, a  metabolização do álcool é individual e depende de fatores diversos, como  gênero, peso corporal, e, mais especificamente, peso do fígado e a  quantidade de enzimas necessárias para este processo.
Para a  maioria dos homens seria seguro beber até 30 gramas de álcool (o  equivalente a 300 ml de vinho a 12,5 ºGL) por dia e para as mulheres, 20  gramas (o equivalente a 200 ml de vinho a 12,5ºGL), sugere o médico.
De  acordo com o especialista, não há um tipo de vinho que seja mais eficaz  para o processo digestivo. No entanto, o gás carbônico presente nos  espumantes aumenta a produção de suco gástrico, o que é amplamente  favorável para a digestão.
 
             Processo digestivo  
O especialista afirma que substâncias encontradas no vinho facilitam a digestão de inúmeras maneiras, como:
- Diminuindo os movimentos peristálticos do intestino delgado e do  intestino grosso, aumentando, consequentemente, a permanência dos  alimentos no tubo digestivo e dando mais tempo para as enzimas os  processarem.     
- Estimulando a vesícula biliar a descarregar uma quantidade  maior de bile no início do intestino delgado, facilitando a digestão das  gorduras.
- Melhorando a digestão dos açúcares, ampliando a sensibilidade dos tecidos à insulina.
Doenças  
Segundo o cardiologista, algumas das doenças do sistema digestivo que podem ser evitada com o consumo de vinho são:
 - Úlcera nervosa: os polifenóis do vinho protegem esse tipo de agressão  ao estômago por bloquear duas enzimas: as histidinacarboxilase e a  hialuronidase.
- Esofagite de refluxo: uma suplementação de antioxidantes  garantida pela bebida pode ajudar tanto no tratamento como na prevenção  da doença.
- Esôfago de Barret: uma condição clínica pré-cancerosa ativada  pela proliferação de células Ciclo-oxigenase-2 (Cox-2). Os polifenóis do  vinho são eficientes para impedir a proliferação destas células.
- Pedras nos rins: o ácido tartárico, encontrado na bebida, é  capaz de desmanchar os cálculos de oxalato de cálcio das vias urinárias.
- Colesterol: a quercitina, presente no vinho, diminui a  absorção de gorduras aumentando a sua eliminação nas fezes e diminuindo o  nível de colesterol no sangue.
 
Querido Otávio,
ResponderExcluirEu já conhecia algumas das propriedades salutares do vinho, porém desconhecia que a combinação dele com a refeição pudesse trazer ainda mais benefícios.
Fico agradecida por dividir conosco essas informações tão úteis!
Beijos,
Guta