sexta-feira, 17 de junho de 2011

8 dicas para a mulher endividada reestruturar as finanças

As mulheres são as campeãs da inadimplência, mas com disciplina e planejamento podem voltar ao azul e até passar a poupar


Mulheres são as mais endividadas até 500 reais e costumam cair nas armadilhas do cartão

As mulheres sem dúvida ganham cada vez mais espaço no mundo do trabalho, do consumo e dos investimentos, mas esse protagonismo vem acompanhado de um lado bem menos festivo. De acordo com dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), 55% dos devedores são mulheres, o que mostra que, para muitas delas, o ganho de renda veio acompanhado da angústia das dívidas.

Não é à toa. Mulheres ganham em média 30% menos que os homens no Brasil, e a diferença salarial é observada até entre ocupantes do mesmo cargo. Fora isso, os gastos femininos são diversos e constantes. Além de sujeitas aos apelos da moda e da demanda social por um maior cuidado com a própria aparência, as mulheres também costumam concentrar a responsabilidade pelas despesas diárias da família, como alimentação, roupas, eletrodomésticos, itens para o lar e material escolar para os filhos.

Mas são justamente esses gastos corriqueiros e de baixo valor que podem se tornar verdadeiras bestas incontroláveis. Apesar disso, uma pesquisa americana já provou que as mulheres são mais controladas e, portanto, mais bem sucedidas na hora de investir. Ou seja, potencial para lidar bem com as finanças todas têm. Veja, a seguir, oito dicas para as mulheres que querem sair do vermelho e reestruturar a vida financeira.

1 Use investimentos para pagar as dívidas

Mesmo quem tem poupança no banco ou investimentos em renda fixa muitas vezes acaba se endividando. Nesse caso, o mais aconselhável é usar as reservas para quitar a dívida o mais rápido possível, sem aquele apego que investidores menos experientes costumam ter. “A rentabilidade do investimento é sempre menor que os juros que a pessoa vai pagar”, diz a educadora financeira Sandra Blanco.

Um exemplo: suponha que o investimento em renda fixa rendeu, num mês, 0,8%. Para cada 1000 reais investidos, o investidor ganhou, portanto, 8 reais. Uma dívida de 1000 reais no mesmo período, com juros de 10% ao mês, passa a ser de 1.100 reais. “Vale a pena ganhar 8 reais e pagar 100?”, provoca Sandra.

2 Renegocie as dívidas

As devedoras que não têm um tostão poupado devem começar a se preocupar antes que o nome entre em um cadastro de inadimplentes, o que normalmente ocorre após três meses de endividamento, embora possa acontecer com apenas um dia de atraso. O primeiro passo é listar todas as dívidas e trocar as mais caras pelas mais baratas. Quem ainda não está com o “nome sujo” pode obter um empréstimo a juros menores para quitar as dívidas com juros maiores.

Se o CPF já foi parar em um cadastro de inadimplentes, a única maneira é listar as dívidas – é possível fazer isso nos balcões de empresas como SPC ou Serasa – e tentar renegociá-las, com novos prazos e parcelas que caibam no bolso. Fazer um empréstimo com alguém da família para quitar a dívida o quanto antes também é uma opção. Mas lembre-se de firmar o compromisso em contrato.

3 Considere a inflação

“Para não se endividar, é preciso botar todas as despesas na ponta do lápis e fazer a conta fechar. Se a inflação comprometeu o orçamento, é hora de reestruturá-lo, para que a conta continue fechando”, aconselha Sandra Blanco.

4 Quando o cartão de crédito é inimigo

A armadilha que mais costuma “pegar” os inadimplentes é o cartão de crédito. O conselho dos especialistas é nunca, mas nunca mesmo, pagar apenas o mínimo da fatura. Isso porque, ao fazer isso, o limite se renova para o mês seguinte. Quem não tem dinheiro deve simplesmente não pagar, para que um novo limite não incentive mais gastos.

Outro erro a ser evitado é somar o limite do cartão à própria renda mensal. Isso é uma ilusão. O consultor financeiro Mauro Calil, por exemplo, aconselha que a soma dos limites de todos os cartões não ultrapasse metade da renda. “A pessoa tem uma falsa sensação de que tem recursos. Até que um dia, o mínimo da fatura passa a corresponder a 50% da renda, de tanto que a dívida cresceu. É nessa hora que a pessoa percebe que está endividada”, diz Dora Ramos, diretora da assessoria contábil Fharos.

A pesquisa do SPC mostrou que as mulheres são a maioria das devedoras para somas de até 500 reais, enquanto os homens são os principais endividados acima desse valor. Como geralmente ganham mais, os homens tendem a pôr em seu nome as dívidas mais altas, como os financiamentos habitacionais e de veículos. Isso não significa, contudo, que as mulheres não contribuam com parte da renda para esses pagamentos.

Quem já comprometeu a renda com o pagamento do cartão de crédito vai, evidentemente, ficar sem dinheiro para pagar as despesas básicas que não são pagas no cartão: contas de luz e gás, aluguel e escola dos filhos, só para citar alguns, além de sua parte nos financiamentos longos dos bens mais caros da família. A inadimplência pode se espalhar para outras despesas.

5 Anote o seus gastos

Pode ser pela fatura do cartão, pelo extrato do banco, pela planilha, pelo caderninho, não importa. O importante é anotar para manter controle desses pequenos gastos e saber direitinho por onde o dinheiro está escorrendo. Quem costuma parcelar as compras no cartão precisa ter cuidado redobrado. Um produto dividido em seis vezes comprometerá parte de sua renda ao longo de seis meses. Se no mês seguinte foi feita uma nova compra, parcelada em oito vezes, já serão duas parcelas para se preocupar pelos próximos cinco meses.

6 Planeje as compras

Saia de casa sabendo o que vai comprar. Antes de ir ao mercado, faça uma lista de compras. E procure ater-se sempre ao planejamento. O apelo de consumo, as vitrines, a moda, a manha das crianças, uma discussão com o chefe, com o marido ou com os pais, uma TPM, qualquer coisa pode ser motivo para a compra por impulso de algo que não é necessário, mas é preciso contar até dez e resistir à tentação.

“O planejamento familiar também deve prever alguns supérfluos e emergências, pois estes também fazem parte do dia a dia da família. Se apenas o básico estiver previsto, o orçamento nunca terá um respiro para sair do essencial”, aconselha Dora Ramos.

7 Corte e economize

Com um controle mais rígido dos pequenos gastos já fica mais fácil saber onde cortar. É preciso ter real noção do que é necessário, do que é capricho e do que é simplesmente desperdício. Para Dora Ramos, o melhor é pensar nas finanças como se a própria pessoa fosse uma empresa, cortando aquilo que for desnecessário, trocando para marcas mais baratas e, é claro, aproveitando promoções e liquidações. “Ninguém vai sair de moda porque comprou peças da coleção anterior por um preço mais em conta”, diz Dora.

8 Cuidado com as promoções

Só cuidado para não cair na armadilha dos falsos bons negócios. Aproveite uma promoção apenas depois de ter certeza de que 1) você precisa do produto ou serviço e 2) o item em promoção está realmente mais barato. Parece óbvio, mas se endividar para comprar um item desnecessário só porque ele está em promoção não é inteligente. E parece mais óbvio ainda que onde está escrito “promoção” necessariamente o produto será mais barato, mas nem sempre é o que acontece. “Às vezes o que está em promoção em uma loja, supermercado ou site pode ser encontrado por um preço ainda menor em outro lugar. É importante pesquisar”, diz Dora Ramos.


Fonte: http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/credito/noticias/8-dicas-para-a-mulher-endividada-reestruturar-as-financas?page=1&slug_name=8-dicas-para-a-mulher-endividada-reestruturar-as-financas

segunda-feira, 13 de junho de 2011

8 formas de ajudar seu filho a ficar rico

Saiba como gastar tempo e dinheiro em coisas que realmente abrirão portas para ele no futuro



Universidade Harvard: se endividar para pagar uma faculdade cara demais não é a melhor forma de ajudar seu filho a enriquecer

Todo mundo já sabe que ficar rico não é fácil, mas planejar o futuro financeiro e tomar decisões com muita antecedência é sempre a forma mais fácil de atingir seus objetivos. Veja abaixo oito formas de começar a preparar seu filho desde já para que ele possa desfrutar uma vida financeiramente confortável no futuro:

1 - Não eduque demais os filhos

Fazer um mestrado ou um doutorado costuma ser caro e demorado. Isso pode até soar como heresia para muita gente, mas nem sempre o investimento vai valer a pena. No livro "Pai Rico, Pai Pobre", um dos maiores best-sellers de finanças pessoais da história, os autores Robert Kiyosaki e Sharon Lechter defendem que o caminho mais curto para ficar rico é procurar acumular, o quanto antes, ativos que gerem renda e permitam conquistar a independência financeira. Eles qualificam de "corrida dos ratos" a busca constante por qualificações e títulos em escolas renomadas para conseguir melhores empregos. Do ponto de vista financeiro, dizem, faz muito mais sentido ensinar os filhos a farejar oportunidades nos mercados imobiliário e acionário que possam levar a ganhos maiores e mais rápidos. Em entrevista a Forbes.com, o economista Laurence Kotlikoff, da universidade de Boston, ilustrou essa mesma teoria de outra maneira. Ele afirma que, nos Estados Unidos, o ganho médio de pessoas graduadas em pedagogia ou psicologia não chega à metade do salário de um encanador. Outra vantagem do encanador é a de poder começar a trabalhar e ganhar dinheiro bem mais cedo do que alguém que precisa esperar até a conclusão de um curso superior. Kotlikoff não quer dizer que um diploma universitário ou uma pós-graduação não sejam importantes para ninguém. Mas ele aconselha o investimento na carreira acadêmica a quem adora livros. Quem sonha em ganhar um bom dinheiro precisa adquirir conhecimentos que valham dinheiro no mercado.

2 – Não se endivide para pagar uma faculdade cara demais

Laurence Kotlikoff, da universidade de Boston, também aconselha as pessoas a não se endividar para dar ao filho um curso de graduação em uma faculdade renomada. Há diversas faculdades no Brasil que chegam a cobrar mensalidades que somam 30.000 reais ou mais por ano de seus alunos. A dívida acumulada, seja por meio de empréstimos bancários ou pelo programa governamental de financiamento educacional Fies, poderá superar facilmente os 100.000 reais ao término da graduação. O governo brasileiro oferece duas oportunidades para os jovens estudarem de graça: as universidades públicas e as bolsas do ProUni. Se nenhuma das duas possibilidades estiverem ao alcance dele, não se desespere. Para Kotlikoff, é melhor fazer uma faculdade mais barata do que chegar ao mercado de trabalho bastante endividado. Afinal, diz o professor, talento e ambição são muito mais importantes para alguém ganhar dinheiro do que a escola onde ele estudou.

3 – Dê incentivos financeiros para seu filho tentar ganhar mais dinheiro

Não é fácil começar uma carreira, seja ela qual for. Quem acaba de entrar no mercado de trabalho geralmente não possui qualificações suficientes para ganhar muito dinheiro ou executar tarefas desafiantes. É natural, portanto, que seu filho fique desanimado com os primeiros anos de carreira. Uma forma de convencê-lo a continuar em busca de progresso profissional é dar incentivos financeiros que lhe motivem a buscar maiores rendimentos no futuro. A forma certa de fazer isso é depositar em uma conta que ele não possa movimentar uma quantidade de dinheiro proporcional a seus ganhos. Então, se ele ganha 2.000 reais por mês, você pode complementar a renda em mais 1.000 reais. Quando ele ganhar um aumento, também deposite mais dinheiro para ele. Só permita resgates nessa conta para a realização de sonhos importantes. Essa estratégia gera três benefícios: 1) mantém seu filho mais motivado com o trabalho; 2) cria uma reserva de emergência para ele; e 3) permite ganhos representativos no futuro com o recebimento de juros sobre juros.

4 – Ensine seu filho a cuidar do próprio dinheiro desde cedo

A maioria das pessoas costuma dar pequenas quantias de dinheiro aos filhos para que eles comprem um ingresso de cinema ou um lanche na escola. Ao invés de fazer isso, dê somas maiores de dinheiro uma única vez por mês e deixe ele decidir se vai gastar com uma roupa nova, uma viagem ou saindo à noite. Se ele gastar tudo em uma semana, não sinta culpa em dizer "não" quando ele lhe pedir mais dinheiro. Isso vai ensiná-lo a evitar desperdícios e a gastar com coisas que realmente valem a pena. No futuro, quando ele sair de casa para estudar em uma faculdade, dificilmente vai lhe telefonar para dizer que ficou sem dinheiro e que precisa de ajuda.

5 – Presenteie seu filho com ações

O educador financeiro Mauro Calil é um dos maiores entusiastas da ideia de formar uma poupança para o filho com ações quando ele ainda é muito jovem. Diversos estudos mostram que, no longo prazo, a bolsa costuma dar retornos bem superiores à renda fixa. Ainda que isso nem sempre seja verdade, no longo prazo sempre haverá algum momento de alta no mercado em que será possível vender papéis de empresas sólidas com um bom lucro. Mantidas sob sua própria custódia, essas ações poderão garantir a seus filhos conquistas importantes, como estudos em uma boa faculdade, a compra da casa própria ou a possibilidade de abrir um negócio. Também vai ensinar a seu filho a importância de poupar no longo prazo e procurar aplicações financeiras de maior rentabilidade como a bolsa. Se os juros continuarem em queda no Brasil como se espera, provavelmente seu filho não terá a mesma chance de obter bons ganhos com investimentos de renda fixa como as gerações atuais.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Carro com gás é só para quem roda muito

Para quem se encaixa no perfil, economia costuma ser radical; mas é bom ficar atento às limitações


Conversão de preço salgado só compensa mesmo para quem roda mais de 100 km por dia

Apesar da recente e sustentada queda nos preços dos combustíveis, a alta do etanol e da gasolina no início de ano levou os brasileiros a reconsiderarem o Gás Natural Veicular (GNV) como alternativa para economizar na hora de encher o tanque. A entressafra da cana acabou, mas altas futuras não devem ser descartadas – o próprio ministro de Minas e Energia Edison Lobão já prevê que o desabastecimento ocorra novamente no ano que vem.

Nesse cenário de incertezas, resta a dúvida de quem ainda tem um carro movido por um combustível líquido: vale a pena convertê-lo para rodar com gás natural? Levando em conta que o GNV é mais eficiente que a gasolina e o etanol, seus preços com certeza estão vantajosos. De acordo com levantamento semanal da ANP, na semana encerrada em 4 de junho, o preço do GNV no Brasil ficou em 1,629 real em média, frente a 2,792 reais da gasolina e 1,939 do etanol. Mas existem outros custos e poréns envolvidos, que devem ser observados por quem pensa em adotar o novo combustível.

GNV não é para todo mundo

Isso não significa que seja impossível adaptar certos tipos de veículos. A princípio, qualquer carro pode ser convertido para rodar com GNV. O problema é que o custo do kit gás é elevado, podendo variar entre 2.000 e 7.000 reais, dependendo da geração do equipamento e do modelo do veículo. Para que a conversão compense, é preciso que ela se pague num tempo razoável. De nada adiantará, por exemplo, se o carro for trocado antes de se cobrirem os custos de adaptação.

“Se o sujeito roda uns 80 km por dia, já não vale a pena”, diz o professor de engenharia mecânica da FEI, José Roberto Coquetto. Ele mesmo gastou 2.500 reais para adaptar seu Kadett 1.8, pois roda nada menos que 200 km por dia. “Eu parcelei o equipamento em seis vezes, mas não tirei um centavo do bolso. Apenas com a economia de combustível eu consegui pagar”, conta ele.

O ideal é que o motorista rode pelo menos uns 100 km por dia útil – ou pouco mais de 2.000 km por mês. Nesse caso, com a atual média do preço do GNV a 1,629 real, um equipamento de 3.000 reais se paga em cerca de 8 meses. Ou seja, o perfil do motorista deve ser o de alguém que mora longe do trabalho, viaja muito de carro ou mesmo que dependa do veículo para trabalhar, como taxistas e vendedores.

Preços do GNV em geral são mais vantajosos

Os preços do metro cúbico de gás também oscilam, assim como os da gasolina e do etanol, e estão sujeitos a crises de desabastecimento do mesmo jeito. Mas para o GNV perder competitividade frente aos demais combustíveis é preciso que seu preço seja mais de 35% maior que o da gasolina e mais de 80% maior que o do etanol.

Isso porque o GNV costuma ser de 30% a 40% mais eficiente que a gasolina. “O poder calorífico do GNV é maior que o da gasolina, o que equivale a dizer que em um metro cúbico do gás há mais energia que em um litro de gasolina”, esclarece o professor José Coquetto. Em média, um carro que faz 10 km/L a gasolina, faria 7 km/L com etanol e 13 ou 14 km/m3 com GNV. Esse veículo rodaria 100 km com apenas um cilindro de gás de 7,5 m3, o de menor volume disponível hoje.

Normalmente, quanto menor a potência do motor, mais acentuada é essa diferença e, consequentemente, a economia. “O meu Kadett 1.8 faz 12, 13 km/m3, mas um carro popular deve fazer bem mais”, diz o engenheiro. Usando o mesmo exemplo de antes, com os preços médios atuais, o motorista que roda 2.200 km por mês realiza uma economia de cerca de 60%, seja com motor a gasolina, a álcool ou flex. Em vez de ter um gasto de mais de 600 reais por mês com combustível, o condutor desembolsaria apenas 255 reais.

Adicione-se a essa economia, eventuais descontos no IPVA. No estado do Rio, quem instala um kit gás recebe um abatimento de 75% no imposto, ao passo que no estado de São Paulo o desconto é de 25%.

De qualquer maneira, para quem já tem o sistema instalado e quitado pela economia ao abastecer, o resto é só alegria. Mesmo que o preço do GNV se torne desvantajoso, ainda será possível rodar com o combustível original, uma vez que após a conversão, o carro se torna bicombustível. Simule em quanto tempo o investimento se paga e de quanto é a economia com GNV.

Problemas causados pela instalação do kit gás

É verdade, adaptar o veículo para rodar com GNV pode causar alguns problemas. Mas nada incontornável, de acordo com José Coquetto. A principal recomendação do professor é que o motorista sempre tenha o tanque original abastecido e que rode durante pelo menos uns cinco minutos por dia com o combustível líquido. “Não é a instalação do kit gás que dá problema, é a falta de funcionamento do sistema original”, explica do professor da FEI.

Ele nega que a conversão faça mal ao motor, mas admite que reduz a vida útil das velas e dos cabos de velas, que precisam ser trocados com mais frequência. Outro problema que pode ocorrer é uma perda de potência entre 10% e 15%. “Num veículo de potência razoável, digamos 1.8, essa perda é quase imperceptível. Agora, um carro 1.0, na subida de uma ladeira e carregado com algum peso certamente vai sofrer. Mas essa é uma situação atípica. Se ocorrer, o motorista pode simplesmente usar o combustível original”, diz Coquetto.

Outra desvantagem óbvia é a perda de espaço no porta-malas em função da instalação dos cilindros. Ela vem acompanhada do ganho de peso do veículo – cada cilindro pesa em média 70 quilos. Carros compactos podem, portanto, exigir cilindros em tamanho e número reduzido, tanto por causa do espaço quanto para não sobrecarregar a suspensão. “No meu Kadett, por exemplo, eu precisei melhorar a tensão das molas”, relata o engenheiro.

É preciso ficar atento a algumas restrições também. Enquanto que a conversão é facilitada em veículos movidos exclusivamente a etanol, ela se torna mais complexa quando o automóvel é flex ou tem o câmbio automático. No primeiro caso, o carro vai precisar de um equipamento chamado simulador inteligente para carros flex, para não ficar desregulado. Já no segundo caso, será preciso utilizar equipamentos de conversão otimizados, de quinta geração, os mais modernos e caros que existem.

Cuidados na instalação e manutenção

A instalação de um kit gás é uma adaptação e, obviamente, pressupõe alguns riscos. O mais óbvio é a desvalorização do veículo numa eventual revenda, como ocorre com os carros que possuem equipamentos instalados. Em segundo lugar, é preciso ter cuidados na hora da instalação. É fundamental procurar uma das oficinas credenciadas pelo Inmetro e observar as seguintes orientações:

- Exigir que o instalador execute o teste de emissões. Ele deve ter o analisador de gases na própria oficina, do contrário, procure outra;

- Exigir a nota fiscal do serviço e do kit, com a discriminação de todos os componentes instalados;

- Exigir o “Rol de Qualidade” do Inmetro totalmente preenchido, bem como o Certificado de Homologação para fazer o registro junto ao DETRAN estadual;

- Observar se os cilindros são de aço e se não têm soldas;

- Realizar a cada cinco anos o “reteste” do cilindro, uma revisão do kit e do cilindro que custa na faixa dos 100 reais;

- Ao notar qualquer defeito ou vazamento, levar o veículo à instaladora homologada.


Fonte: http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/carros/noticias/carro-com-gnv-e-so-para-quem-roda-muito?page=1&slug_name=carro-com-gnv-e-so-para-quem-roda-muito

Casais que moram em casas separadas

Espaços próprios preservam a individualidade e evitam a rotina



Nos últimos tempos venho percebendo que uma nova modalidade de relacionamento vem se instalando entre os casais, que não chega a ser um casamento, mas é mais que um simples namoro. O namoro pressupõe um tipo de relacionamento em que o casal se encontra nos finais de semana ou, mais de uma vez durante a semana, mantém contato virtual - seja por telefone, torpedos ou via internet - e se presta a curtir bons momentos e aprofundar o conhecimento sobre o outro. Geralmente a vida sexual é ativa e o acordo é de fidelidade. Com o passar do tempo esse relacionamento pode ou não vir a desembocar num casamento.

O casamento pressupõe uma união debaixo do mesmo teto, geralmente com o objetivo de constituir uma família. Nos moldes convencionais, as pessoas se casam por interesses afetivos mútuos e fazem planos para adquirir bens materiais, crescer e amadurecer emocionalmente e ter filhos. Também pretendem garantir uma segurança sólida, trazendo conforto íntimo para ambos.

É claro que existe um sem número de variações sobre o mesmo tema, mas de modo geral, namoro e casamento ainda conservam as mesmas características e intenções há muitos anos.

Não é namoro e nem casamento

Mas parece que os casais encontraram uma terceira via de relacionamento e isso ocorre normalmente quando ambos já têm uma certa estabilidade profissional e financeira. São casais que usualmente já passaram por algumas experiências afetivas e ao mesmo tempo estão numa idade - por volta de 30 anos - em que já traçaram planos individuais de conquistas na carreira e satisfação de desejos de consumo. Outra situação em que essa modalidade de relação vem se tornando frequente é entre pessoas divorciadas, cujos filhos já estão crescidos. São pessoas que não querem abrir mão de uma vida já estável e construída e que, ainda assim, desejam um parceiro estável para partilhar seu afeto, seus planos, seus pensamentos ou suas dúvidas de forma madura.

Assim, assumir um casamento convencional parece ser limitador na medida em que fazer muitas coisas juntos pode atrapalhar ou interferir nos planos individuais, que passam por experiências no exterior, aperfeiçoamento nos estudos e oportunidades profissionais importantes, além do desejo de manter e cultivar o grupo pessoal de amigos e assim por diante. Por outro lado, o namoro pode se mostrar débil, uma relação frágil demais quando esse casal se mostra de fato interessado na construção de uma vida mais plena e comprometida.

Espaços próprios

A saída, muitas vezes até mesmo definitiva, tem sido o cultivo de um espaço próprio para cada um - uma casa com toda a infraestrutura, ao gosto e administração próprios, com as portas semi-abertas para o companheiro. Eu digo semi-abertas porque nesse tipo de relação cabe especialmente a opção de ficar solitário, seja para que o "respiro" da relação aconteça, seja para se manter em contato consigo mesmo e com o universo que cada um construiu e estabeleceu para si.

Desta forma, algumas vezes ou até mesmo na maior parte do tempo, um dorme na casa do outro, mas não mora lá. E ambos se sentem livres para voltar para suas casas sem que isso cause qualquer constrangimento ou impacto negativo.

Obviamente não existe receita para que relacionamento algum seja eterno, mas essa convivência pode obter sucesso se alguns preceitos básicos forem observados:

  • Vale ter uma gaveta e alguns cabides na casa para guardar seus objetos pessoais, mas não vale ocupar metade do guarda-roupa do parceiro.
  • É justo levar alimentos que só você consome e usar a geladeira, mas é invasivo fazer toda a compra de supermercado, desrespeitando os gostos ou as marcas preferidas pelo dono da casa.
  • É necessário estabelecer limites saudáveis para evitar constrangimentos, e aí entram os acordos sobre atender ou não o telefone, ter ou não liberdade para abrir armários, convidar ou não amigos pessoais para a casa do parceiro e outros temas que possam sugerir invasão de privacidade.
  • Em resumo, uma relação desse tipo precisa de algum tipo de formalidade que passa mesmo por boas maneiras e respeito ao espaço do outro.

Em princípio e por razões práticas, se ou quando esse casal decide ter filhos os moldes desse relacionamento deverão ser repensados. Nesse caso, é melhor para os casais que já tem crianças, pois podem perpetuar o que vou chamar de "convivência assertiva". E mais para frente, quando a necessidade de massagens nas costas se tornar mais frequente, o casal pode pensar no bom e velho "casamento".


Fonte: http://www.personare.com.br/revista/amor/materia/1493/casais-que-moram-em-casas-separadas

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sexta-feira, 3 de junho de 2011

Conciliando carreira e filhos

Por princípio, quando se está com os filhos, é preciso esquecer o trabalho. Este é o momento de dedicação familiar e qualquer interferência externa pode atrapalhar

Muitos profissionais sofrem com a falta de tempo e desejariam ter mais momentos com seus filhos, mas não o fazem devido ao trabalho. Claro, tudo varia de profissão para profissão, mas há dicas para que todos consigam ter um relacionamento saudável e que não deixem o trabalho sufocar o convívio e o relacionamento familiar.

familia-parque-350Algo que acredito, todos notaram, foi esse movimento natural que os casais têm feito. Gestações mais tardias e um número menor de descendentes, cada casal com um motivo: estabilidade familiar, prioridade na carreira, aproveitar a juventude, dentre outros. Mas ter um filho é muito mais que isso tudo e envolve, querendo ou não, muito dinheiro. Há cuidados com alimentação, educação, mudanças na rotina etc. E como tudo nesse mundo, acredito que haja um meio termo.

Por princípio, quando se está com os filhos, é preciso esquecer o trabalho. Este é o momento de dedicação familiar e qualquer interferência externa pode atrapalhar. O tempo deles (cônjuge e filhos) deve ser somente deles. Outro fator que incomoda muitos pais é a culpa que eles tomam para si por “não terem tempo para ficar e se dedicar aos filhos” e, com isso, cedem a todos os desejos deles. Ninguém gosta de ter um filho taxado de “mimado”, certo? Este é o segundo ponto: os pais não devem baixar a guarda para o comportamento de seus filhos, só porque muitas vezes ficam praticamente o dia todo longe das crianças. Muitas vezes o mau comportamento da criança é sinônimo da falta de atenção dos pais, afinal, filhos querem atenção!

Falando sobre o cuidado deles, a ajuda de terceiros é, claro, sempre bem vinda, mas há que se ter limites quanto à alimentação e disciplina, principalmente. E, por mais que se esteja longe, há artimanhas que podem ajudá-los a não ficarem com aquela impressão de que tem “pais ausentes”. Uma dessas dicas é ligar, vez ou outra (mas não sempre), para perguntar como estão, o que estão fazendo, enfim, bater papo. Outra alternativa que vejo muitos profissionais fazerem, é dedicar dois, três almoços por semana em casa (ou outro lugar), com a família. Isso ajuda a manter o contato também.

Para quem viaja muito, a dica é dedicação e qualidade no tratamento. Faça os momentos com os pequenos serem verdadeiros e intensos, e isso vale para qualquer situação. Crianças têm uma empatia e inteligência muito fortes, e percebem quando os atos não vêm do coração. Se você der carinho e atenção na dose certa, eles jamais se sentirão abandonados. Claro que é difícil, para muitos pais, pensar separadamente e de forma lógica sobre o filho, afinal, o amor é incomensurável neste caso.

Todos precisam fazer escolhas o tempo todo na vida. Se você escolheu ter uma carreira que necessite dedicação extrema, dedique-se. Da mesma maneira, se escolheu ser pai, dedique-se também ao seu filho, mas sabendo dosar as medidas de cada um, e o horário de cada qual. O meio termo, como sempre digo, é fundamental.

Fonte: http://www.amanha.com.br/blogs/92-vida-executiva--por-bernt-entschev/1955-conciliando-carreira-e-filhos

quarta-feira, 1 de junho de 2011

8 jeitos de comprar felicidade com dinheiro

Pesquisadores mostram os bens e serviços que enchem o cérebro de felicidade



Estudo revela que é possível ser mais feliz ao gastar com qualidade.

Se o dinheiro pode comprar uma vida mais confortável e despreocupada, então porque raios há tanta gente rica e infeliz? Por que o efeito que o dinheiro exerce sobre a felicidade das pessoas nunca é considerado um fator de peso em estudos sobre a satisfação e felicidade dos seres humanos? Ao menos de acordo com uma pesquisa conduzida pelo Journal of Consumer Psychology e divulgado pelo repórter Jack Hough, do site SmartMoney.com, a resposta é simples: a maioria das pessoas não compra a felicidade com o dinheiro porque sabe gastar.

Estudar a felicidade pode ser uma área nebulosa, uma vez que os fatores que impactam sobre esse sentimento são extremamente subjetivos. Mesmo assim, um grupo de pesquisadores de instituições como a Universidade de Harvard uniu uma série de evidências científicas, apuradas a partir de ressonâncias cerebrais e níveis de cortisol presentes na caixa craniana daqueles que participaram dos estudos. A partir dos resultados, conseguiram formular oito passos para que uma pessoa gaste seu dinheiro com qualidade e obtenha felicidade. Cada um deles é explicado nos próximos parágrafos:

1 – Faça uma viagem ao invés de trocar seu carro

Compre experiências ao invés de coisas materiais. Estudos anteriores já revelaram que é possível obter mais felicidade a partir de experiências vividas do que com objetivos adquiridos. Para os pesquisadores, a razão pode ser porque vivências são capazes de fazer com que a mente fique focada no presente. Outro motivo é o fato de que as pessoas revisitam boas lembranças com frequência e, em contrapartida, se adaptam rapidamente as coisas materiais, enjoado com mais facilidade de um computador novo que da lembrança de uma viagem para a África, por exemplo.

2 – Ajude o próximo (por motivos egoístas)

Não ajude outros seres humanos porque você é uma boa pessoa. Ajude porque faz com que se sinta bem consigo mesmo. Relacionamentos sociais complexos e que incluem pessoas de fora do círculo familiar é mais um fator que diferencia seres humanos dos outros animais. Quase tudo o que se faz para alimentar as relações interpessoais alimentam a felicidade.

3 – Compre coisas pequenas ao invés de um home-theater

Mais uma vez, o problema com posses materiais é que as pessoas tendem a se adaptar rapidamente a elas. Uma solução é focar em pequenas compras ao invés de comprar bens mais caros. De acordo com o estudo, obter prazer com frequência tem impactos positivos mais fortes nos níveis de felicidade de uma pessoa do que a intensidade com a qual este prazer é obtido. Portanto, compre um chocolate ou vá ao cinema.

4 – Evite seguros desnecessários

Para os autores deste estudo, a questão dos seguros é um ponto polêmico. A ideia é que seres humanos se adaptam com facilidade tanto a situações prazerosas quanto a circunstâncias desconfortáveis. Exemplo: o notebook quebrado não vai acabar com a vida de ninguém, portanto, não há motivo para a contratação de um seguro que tenha essa cobertura. "“O problema com essa ideia é que não está claro se o fato de se sentir seguro faz uma pessoa mais feliz", explica Elizabeth Dunn, coautora da pesquisa. Para Hough, do site Smartmoney.com, os seguros são serviços caros por natureza. Uma boa estratégia é considerá-los uma multa a ser assumida por não ter dinheiro suficiente para pagar por perdas catastróficas, como residências e carros. Portanto, contrate apenas o essencial.

5 – Pague à vista

Cartões de crédito, empréstimos pessoais e financiamentos são artifícios disponíveis para quem quer adquirir algo agora e pagar no futuro. O preço final, portanto, é acrescido de acordo com os juros incidentes sobre o saldo devedor. Neste ponto existem dois argumentos possíveis, um de ordem financeira e prática e outro de cunho sentimental. Muitas pessoas acreditam que o prazer só é atingido quando se adquire alguma coisa no exato momento em que o desejo de tê-la surge. No entanto, a intensidade do prazer que tal compra pode trazer é igual quando se junta dinheiro e efetiva a aquisição no futuro, pagando à vista. E o comprador ainda fica livre de dívidas.

6 – Pense em coisas negativas antes de gastar

Casa de praia precisa de manutenção e uma viagem para a Europa o fará ficar 10 horas sentado num avião. A maioria das pessoas não considera os aspectos negativos de uma compra. E, para maximizar a felicidade, também é preciso pesar os dois lados da moeda de tudo. É ótimo sonhar com a primeira manhã em uma deliciosa casa de frente para sua praia favorita. Mas depois dessa fantasia, desprenda uns minutos pensando em como seria o centésimo dia com mais essa propriedade para administrar no seu patrimônio.

7 – Não seja exigente

É desgastante passar semanas atrás de uma máquina fotográfica que tenha um milhão de funções, quando na realidade tudo o que a maioria das pessoas precisa é de um modelo rápido o suficiente para registrar momentos efêmeros. Concentre-se no que de fato importa. A ideia vale para quem procura por um imóvel. Dê preferência para uma casa menor, bem iluminada e localizada numa boa vizinhança, mesmo que a mesma não tenha o piso sonhado.

8 – Aposte no senso comum de vez em quando

Um dos melhores indicadores de felicidade de uma compra é se ela já trouxe prazer e felicidade para um grande número de pessoas. Então, deixe de lado, pelo menos por uma noite, longas da escola de cinema soviético e vá ao cinema assistir o filme que está no primeiro lugar entre os mais vistos. Personagens superficiais e discussões poucos intelectualizadas muitas vezes podem render boas risadas.


Fonte: http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/noticias/8-jeitos-de-comprar-felicidade-com-dinheiro?page=1&slug_name=8-jeitos-de-comprar-felicidade-com-dinheiro