segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Luto

Ao nos despedirmos de alguém, ou de uma etapa, um emprego ou qualquer coisa, podemos passar por um processo demasiadamente humano chamado luto. O luto é a resposta do cérebro perante uma perda, voluntária ou involuntária.

Não há como sermos felizes sem curtirmos a fase do luto, por mais ou menos dolorosa que possa ser. É a superação, através da dor, para que a fase ou a pessoa fique em nossa lembrança da maneira mais leve e agradável possível. Depois do luto, não há o esquecimento completo, mas uma lembrança agradável, a fim de que continuemos a viver com boas lembranças, apesar da ausência.

Não há período determinado, exteriorização ou não do sentimento, momento para começar e terminar. Nada é regra e obrigatório. Podemos viver a fase da negação por anos e nunca mais nos permitirmos ser felizes. Podemos adiar a etapa do luto para mais adiante, podemos sentir e experenciar tantas coisas que não caberiam em um simples e despretensioso texto.

Pode ser até possível viver o luto durante a perda, antes mesmo de o ser querido partir, quando já pressentimos ou sabemos de maneira objetiva. O incrível do ser humano é que não existe um número absoluto de possibilidades!

De qualquer forma, o caminho necessário do luto é íntimo e difícil. É preciso aceitar a perda e chorá-la.

Somente depois é que vamos começar a nos permitir a construção de uma nova vida, onde as feridas da ausência estarão mais leves e a própria reconstrução da lembrança do ser querido se torna possível. Para o novo processo, é necessário nos permitirmos chorar e rir quando for preciso.

E, sem medo de sermos felizes, melhor viver com a sensação de que a vida fica mais feliz ao nos ver com o rosto novamente iluminado!



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