quarta-feira, 9 de março de 2011

7 dados pessoais que nunca devem cair na internet

Expor-se demais na internet aumenta a chance de roubo de identidade, golpes de empréstimo e até sequestro



Até por uma rede profissional como o LinkedIn o internauta está sujeito à superexposição.


A essa altura, todo usuário de internet já sabe que tem que tomar cuidado com o que posta nas redes sociais. Hoje em dia, é possível ser demitido ou até responder criminalmente por causa de fotos embaraçosas ou comentários polêmicos feitos em redes como Twitter, Facebook ou Orkut. Mas tão importante quanto a “etiqueta” online é a proteção da própria privacidade. Alardear a rotina e ostentar dados pessoais na web pode facilitar bastante a ação de bandidos - de estelionatários a ladrões e sequestradores.

Dados pessoais expostos em redes sociais podem ajudar estelionatários a falsificar documentos e a praticar o roubo de identidade, conseguindo, por exemplo, pegar empréstimos em nome da vítima. Algumas informações podem fornecer pistas a respeito de senhas de banco ou de e-mail, e outras permitem a sequestradores e ladrões traçar um panorama completo da rotina da vítima e do melhor momento para atacar.

“O problema desses sites é que, por meio de engenharia social, um criminoso pode ficar sabendo dos hábitos, dos dados pessoais, dos locais frequentados e dos amigos da futura vítima”, diz Alexandre Atheniense, advogado especializado em direito eletrônico. Segundo ele, para saber o que pode ser tranquilamente compartilhado, basta se perguntar: “eu dividiria essa informação com alguém que acabei de conhecer?” Veja a seguir 7 tipos de informação que o internauta não deve divulgar nas redes sociais:

Data e local de nascimento: informar o dia e o mês de nascimento não é um grande problema, mas ao fornecer o ano e a cidade natal, o internauta pode facilitar a vida dos falsários interessados em roubar sua identidade. Combinados a outras informações, esses dados cadastrais possibilitam a fraude de documentos. “Nos Estados Unidos é mais fácil roubar uma identidade a partir desses dados, pois muitos serviços estão centralizados em torno do Social Security Number [espécie de CPF]. Aqui no Brasil isso pode vir a acontecer com a centralização das informações em torno do Registro de Identidade Civil”, explica Atheniense.

Fotos e dados familiares: cuidado com o excesso de fotos, principalmente de pessoas que costumam ser visadas por sequestradores ou golpistas, como os filhos pequenos e os pais idosos. Uma foto do filho de 3 anos com o uniforme da escola no primeiro dia de aula pode ser um convite para que um criminoso saiba onde abordá-lo diariamente. Outra maneira de proteger os entes queridos é evitar a indicação de laços familiares - por meio de ferramentas como a do Facebook, que permite ao usuário identificar seus pais, irmãos, namorado(a), e assim por diante.

Currículo completo: algumas informações a respeito da carreira podem ser facilitadores na aprovação de crédito e acabar ajudando estelionatários a pedirem empréstimos em nome da vítima, por exemplo. Evite dar informações de trabalho fora de redes profissionais, como o LinkedIn. E mesmo nelas, prefira expandir detalhes sobre sua carreira apenas enquanto estiver buscando emprego, recolhendo-os após ser contratado.

Planos de viagem: é normal querer compartilhar com os amigos a empolgação de uma viagem que está por vir, ou então postar as fotos do passeio in loco. Especialistas em direito eletrônico e privacidade, porém, consideram essa atitude arriscada. “Faltam 3 dias para Nova York!” ou “Machu Picchu, aí vou eu!” podem ser manifestações espontâneas de alegria, ou sinalizadores de que a sua casa estará vazia durante um bom tempo. É melhor dividir a experiência apenas na volta.

Indicações “acidentais” sobre os seus passos: há quem utilize as redes sociais, especialmente o Twitter, para informar sobre todos os passos, desde o lugar onde se encontra até o que está fazendo. Assim como na dica anterior, essa atitude pode atrair a atenção de criminosos interessados em monitorar a vida do internauta, agindo como verdadeiros “olheiros” virtuais.

Dicas de senha: ao cadastrar uma senha em um site qualquer, o usuário frequentemente é solicitado a criar uma pergunta para lembrá-la em caso de esquecimento. Crie perguntas pouco óbvias, e evite compartilhar informações que levem criminosos a adivinhar a resposta - o nome de solteira da sua mãe, sua canção favorita, o nome do seu cachorro. Em muitos sites, dados facilmente encontrados numa página pessoal (como a data de nascimento) e a pergunta de segurança é tudo que crackers precisam para redefinir uma senha e acessar as informações pessoais e bancárias de outra pessoa. Foi o que aconteceu em 2008 com a republicana Sarah Palin, então candidata à vice-presidência americana. Um cracker conseguiu redefinir sua senha de e-mail utilizando dados encontrados pelo Google: sua data de nascimento, código postal e a resposta à pergunta de segurança “onde eu conheci meu marido?”.

Endereço e telefone: não deveria nem ser necessário dizer. Ao entregar de bandeja seu endereço residencial ou comercial, o internauta pode estar facilitando não só o roubo de identidade, mas também se tornando mais vulnerável a sequestros ou golpes telefônicos. Telefone comercial pode ser uma exceção, caso o perfil na rede social seja usado com propósitos profissionais.

Use e abuse das configurações de privacidade

Além de se resguardar na web, é fundamental que o internauta seja bastante criterioso na escolha das pessoas com quem deseja dividir suas informações. “O sujeito tem que definir primeiro qual perfil ele deseja explorar, se é o pessoal ou o profissional. Se for pessoal, nunca deve adicionar quem ele não conhece realmente”, aconselha o advogado Alexandre Atheniense.

Outra dica importante é jamais deixar seus dados e fotos expostos para qualquer um. Redes como Facebook e Orkut permitem ao usuário definir quem tem acesso a quais informações, e até mesmo no Twitter é possível filtrar os seguidores. Dependendo do objetivo do internauta, pode ser mais interessante criar uma rede própria, como o Ning, menor e mais reservada.

“O brasileiro em geral é exibido e ingênuo. As pessoas ainda não sabem separar a esfera pública da esfera privada e acabam expondo informações íntimas de maneira exacerbada na internet”, observa Atheniense.


Fonte: http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/credito/noticias/7-dados-pessoais-que-nunca-devem-cair-na-internet?page=1&slug_name=7-dados-pessoais-que-nunca-devem-cair-na-internet

6 comentários:

  1. Bom Dia Otávio....

    Não deve ser problema dizer nestas redes sociais que tu frequentas a sociedade tradicionalista....; que tu torces fervorosamente pro Xavante da Princesa do sul ou então, ter como primeiro time o Tricolor dos Pampas....

    Sugestões ótimas, em especial pra gurizada macanuda.... que "ferve" num teclado de computador....

    Baita abraço

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  2. Professor, muito bom seu post, se precaver nunca é demais. Há pessoas que se expõe na internet, e, em alguns casos, nem percebem que estão facilitando a vida dos falsários.

    Abraços,
    ADILSON

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  3. Esses dados deve-se esconder até das esposas e parentes, já que são os primeiros a nos pedirem dinheiro ou fazerem dívidas sem nossa presença! kkkkkkkkk
    Abçs!

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  4. ola guri
    como dizia minha mae preocupaderrima
    todo cuidado é pouco num é
    bem tem alguns por ai
    q daum um peido e twittam
    tem gente q viaja e tal
    pensando em fotos para orkut
    acho q tudo tem seu limite
    e em tudo a um risco a ser corrido

    bjim guri

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  5. Otavio, valeu pelas preciosas dicas, infelizmente no mundo da internet algumas pessoas se expõem até de mais!!

    Uma bela tarde!!!

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  6. Acho que a forma mais segura seria ser "outro' na internet,pelo menos nos formulários preenchidos quase que desnecessáriamente.
    Existem sites também que exageram. Onde já se viu exigir dados completos num site comum? acho até suspeito.

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